O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu um passo estratégico nesta segunda-feira (6) ao retomar o diálogo direto com Donald Trump, em videoconferência que visa reduzir os impactos das tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros pela Casa Branca. Entre os itens afetados estão café, carnes e castanhas, setores fundamentais da economia nacional.

A reunião contou ainda com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Comunicação). O encontro ocorre após meses de tensão entre Brasil e Estados Unidos, motivada pelas sanções comerciais aplicadas na gestão Trump e agravadas pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado do republicano.

Segundo fontes do Planalto, a videoconferência abre caminho para um possível encontro presencial, possivelmente em um terceiro país, como a Malásia, durante a cúpula da ASEAN. A expectativa é que este contato sirva para destravar negociações e reduzir os prejuízos a empresas brasileiras, que já vinham sendo atendidas pelo governo com linhas de crédito, diferimento de tributos e flexibilização em compras públicas.

Especialistas alertam que, se não houver avanços concretos, os setores produtivos do Brasil podem sofrer perdas significativas, principalmente os exportadores de café e carnes, que enfrentam um encarecimento imediato de suas vendas no mercado norte-americano.

A iniciativa de Lula reforça que o governo está sob pressão para proteger a economia nacional e equilibrar interesses comerciais, enquanto mantém a articulação diplomática com os Estados Unidos em meio a um cenário político delicado, marcado por disputas e incertezas eleitorais.

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*Com informações Metrópoles