Política Cargo
Eduardo Rocha deve deixar governo Riedel para disputar vaga na Assembleia e acirra clima político em MS
Saída do chefe da Casa Civil expõe racha entre MDB e PP e marca início da corrida eleitoral de 2026 no Estado
08/10/2025 08h20
Por: Tatiana Lemes
Foto: Saul Schramm

O clima político no governo de Mato Grosso do Sul começa a esquentar com a previsão de saída de Eduardo Rocha (MDB), atual chefe da Casa Civil, que deve deixar o cargo nos próximos dias para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa nas eleições de 2026.

Figura influente na gestão e esposo da ministra Simone Tebet (MDB), Rocha é visto como um dos nomes mais experientes da base, mas sua permanência no cargo passou a gerar desconforto entre deputados aliados do governador Eduardo Riedel (PP). Muitos parlamentares, que pretendem concorrer à reeleição, o enxergam como concorrente direto, sobretudo por sua forte articulação com prefeitos e lideranças municipais.

A saída de Rocha deve abrir espaço para o atual adjunto, Walter Carneiro, que é o nome mais cotado para assumir a Casa Civil. Ele será responsável por conduzir as negociações políticas em um cenário de reorganização partidária, já que parte da base de Riedel deve mudar de legenda antes da eleição.

A proximidade de Rocha com o MDB e o vínculo de sua esposa com o governo Lula também criam um embaraço político no grupo de Riedel, que agora está filiado ao PP, partido que defende uma linha de oposição ao Planalto.

Além de Rocha, outros secretários também devem deixar o governo para disputar as eleições: Marcelo Miranda, da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, deve concorrer a deputado estadual, enquanto Jaime Verruck, do Desenvolvimento, mira uma vaga na Câmara Federal.

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*Com informações Investiga MS