Política Expulsão
Ministros desafiam União Brasil e Progressistas e ignoram ordens partidárias para permanecer com Lula
Celso Sabino e André Fufuca colocam cargos acima de partidos, enfrentando risco de expulsão e provocando crise interna nas legendas
08/10/2025 11h41
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Em um choque direto com suas próprias legendas, Celso Sabino (União Brasil) e André Fufuca (Progressistas) decidiram manter os cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando ordens de desembarque definidas pelas direções nacionais de seus partidos. A decisão acende o alerta para um confronto interno que ameaça dividir e enfraquecer as siglas.

Sabino anunciou nesta quarta-feira (8) que seguirá à frente do Ministério do Turismo, afirmando contar com “a confiança do presidente Lula”. A declaração provocou reação imediata do União Brasil, cujo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disparou críticas contundentes: “Como ele quer ficar no governo, em um partido que faz oposição ferrenha, e manter as regalias? Ele não pode fazer do seu projeto pessoal acima das regras partidárias”.

O partido já deixou claro que medidas severas serão aplicadas caso Sabino desobedeça, incluindo intervenção no diretório, suspensão das atividades partidárias e, em última instância, expulsão. Até agora, nenhuma punição formal foi anunciada, mas a tensão permanece.

No Progressistas, a situação de Fufuca não é menos grave. Ao ignorar a orientação do partido e permanecer no Ministério do Esporte, ele foi afastado de todas as decisões partidárias e da vice-presidência nacional. A legenda anunciou ainda intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando estadual da sigla.

Especialistas políticos avaliam que a postura dos ministros representa uma escalada da política pessoal sobre a disciplina partidária. Ao manterem-se nos cargos estratégicos, Sabino e Fufuca mostram que estão dispostos a enfrentar diretamente os próprios partidos, aumentando a instabilidade e potencializando um conflito que pode reverberar em toda a política nacional.

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*Com informações Metrópoles