O advogado Corsino Somma protocolou uma ação popular contra a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), seu marido e deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), e a secretária de Finanças, Márcia Helena Hokama, cobrando R$ 2 bilhões e solicitando a suspensão de atos considerados prejudiciais ao erário. Entre os alvos da ação estão pagamentos extraordinários a servidores, adicionais não previstos e aumentos de salários do primeiro escalão.
Segundo a petição, registrada na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos no dia 5 de outubro, há risco de dano irreparável caso os atos continuem, justificando a intervenção imediata da Justiça. Somma baseia a ação em reportagens, documentos oficiais e investigações do Ministério Público Estadual.
“O objetivo é evitar que recursos públicos sejam desviados de sua finalidade e garantir a reparação de possíveis danos ao erário. A ação não afirma culpa, mas organiza indícios e documentação pública que apontam irregularidades”, explicou o advogado.
Entre os fatos apontados estão o aumento da folha de pagamento em 14%, mesmo com salários do funcionalismo congelados desde 2023, e pagamentos extras a servidores vinculados à gestão, incluindo a secretária de Finanças. Além disso, a ação questiona a chamada “folha secreta”, que teria beneficiado aliados da prefeita.
Somma solicita ainda o bloqueio de bens e contas bancárias dos envolvidos, além da anulação dos atos apontados e a responsabilização por eventuais prejuízos. A decisão caberá ao juiz Eduardo Lacerda Trevisan.
“O objetivo principal é garantir que o dinheiro público seja usado em benefício da população, e não para interesses pessoais ou políticos”, afirmou o advogado, reforçando que a ação busca proteger os cofres municipais e a sociedade.
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*Com informações O Jacaré