O governo federal se vê em meio a uma tempestade política: a queda da Medida Provisória (MP) do IOF abre caminho para o corte de mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares, medida que promete gerar um novo atrito entre Executivo e Legislativo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (14).
Haddad deixou claro que a decisão final dependerá de Lula, recém-chegado de viagem diplomática a Roma. “Existem cenários em que o orçamento fica preservado, existem cenários que podem alterar o orçamento. Vai depender da decisão do presidente”, disse, evitando detalhar quais medidas podem ser adotadas.
A MP apresentada ao Congresso visava arrecadar recursos adicionais para fechar o orçamento de 2026, incluindo tributação sobre bets, fintechs e títulos incentivados. Porém, diante da resistência de parlamentares, o texto foi desidratado e retirado da pauta da Câmara, perdendo validade próximo do prazo limite.
Agora, o governo avalia medidas alternativas, e o corte de emendas parlamentares surge como uma possibilidade explosiva, capaz de intensificar o desgaste político e tensionar ainda mais as relações com o Congresso, justamente após a derrota da MP.
Especialistas e parlamentares acompanham de perto os próximos passos de Haddad e de Lula, que precisam decidir entre fechar as contas ou enfrentar um conflito direto com deputados e senadores, o que pode marcar o início de um período turbulento para a base aliada e o orçamento de 2026.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Metrópoles