O Supremo Tribunal Federal (STF) deu um golpe pesado no Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas). Em decisão do ministro André Mendonça, foram bloqueados R$ 389.490.908,91 em bens e valores do sindicato, quantia que, segundo a investigação, foi desviada de aposentados e pensionistas do INSS entre 2021 e janeiro de 2025.
O alvo da medida são os dirigentes: João Batista Inocentini, Milton Baptista de Souza Filho (presidente), Luiz Antonio Adriano da Silva, Anisio Ferreira de Sousa e Carlos Cavalcante de Lacerda. Segundo o STF, eles participaram de um grupo criminoso que cobrava descontos indevidos dos benefícios previdenciários, com mecanismos de ocultação e lavagem de dinheiro envolvendo empresas e pessoas ligadas à direção do sindicato.
A operação, chamada Sem Desconto, é conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). O ministro Mendonça não deixou dúvidas: “Há relevante participação dos representados nos ilícitos, com organização voltada a lesar aposentados e pensionistas”.
O valor bloqueado é quase R$ 390 milhões, suficiente para pagar benefícios de milhares de aposentados. A PGR ressaltou que a medida é crucial para proteger recursos públicos e impedir que o dinheiro do contribuinte fique nas mãos dos responsáveis pelo esquema.
Entre os dirigentes investigados, o vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula, não está incluído na apuração.
O Sindnapi, em nota, afirma que “não deve nada” e que está “colaborando integralmente com todas as investigações”. Sobre o silêncio do presidente Milton Baptista durante depoimento na CPMI do INSS, o sindicato disse que foi orientação de advogados, “não significando omissão, mas estratégia de defesa”.
Especialistas alertam que a ação do STF é um alerta histórico para os sindicatos que administram recursos públicos e evidencia a vulnerabilidade de aposentados e pensionistas diante de práticas ilícitas. A operação Sem Desconto pode se tornar um marco no combate a fraudes previdenciárias, com impacto direto sobre milhares de brasileiros que dependem do INSS.
A cada bloqueio e investigação, cresce a pressão sobre dirigentes acusados de enriquecerem às custas de quem trabalhou a vida inteira, e o caso promete ganhar repercussão nacional.
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*Com informações Poder 360