Política Tarifaço
Lula se prepara para confronto diplomático com Trump em busca de alívio nas tarifas americanas
Presidente anuncia nova rodada de negociações após telefonema e encontro na ONU, mirando proteger exportações brasileiras e economia nacional
15/10/2025 12h24
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quarta-feira (15) que uma nova rodada de negociações com autoridades dos Estados Unidos será realizada na quinta-feira (16), em meio a crescente preocupação do setor exportador brasileiro com as tarifas aplicadas por Washington. Lula não revelou os nomes dos participantes da reunião, mas destacou a importância do diálogo para proteger a competitividade da indústria nacional.

O anúncio foi feito durante cerimônia em homenagem ao Dia dos Professores, no Rio de Janeiro, quando o presidente relembrou o encontro com Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, em setembro, e o telefonema ocorrido em 6 de outubro, que tratou das barreiras comerciais.

“Sabe, não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã nós vamos ter a conversa de negociação e eu estou dizendo isso para vocês porque a nossa relação, a relação humana, é química”, disse Lula, ressaltando o tom amistoso das tratativas.

O setor produtivo acompanha com atenção. Em setembro, Trump declarou ter tido uma "química excelente" com Lula, enquanto a ligação de outubro, segundo o governo, teve cerca de 30 minutos de duração, focados nas tarifas impostas a produtos brasileiros. O objetivo do Brasil é buscar redução ou flexibilização das barreiras, que pressionam diretamente exportações de commodities e manufaturados.

O episódio expõe a tensão comercial e diplomática entre os dois países e coloca Lula sob pressão para garantir melhores condições de acesso aos mercados americanos, especialmente com a aproximação de 2026, ano eleitoral em que o desempenho econômico terá peso político.

Além das negociações, Lula também criticou o Congresso durante o evento, afirmando que a qualidade dos debates nunca esteve tão baixa, e reafirmou que a interlocução internacional é essencial para a estabilidade econômica do país.

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*Com informações CNN