Em um momento de forte tensão política e fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta segunda-feira (20) um almoço de emergência no Palácio do Planalto com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O encontro reúne ainda os líderes do governo no Congresso, José Guimarães e Jaques Wagner, e ocorre em meio ao impasse sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, cuja votação foi novamente adiada por falta de acordo político.
A indefinição sobre o texto da LDO expõe o desgaste da base aliada e aumenta a preocupação com o equilíbrio das contas públicas, após o Congresso deixar caducar a Medida Provisória 1.303/25, que substituía o aumento do IOF. Sem a MP, a equipe econômica busca alternativas para evitar um rombo ainda maior nas finanças do governo.
Outro tema que pressiona o Planalto é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, já aprovada na Câmara. No Senado, o projeto está nas mãos de Renan Calheiros (MDB-AL), e a expectativa do governo é sancionar a medida até o fim de outubro.
A proposta também reduz a alíquota para rendas de até R$ 7.350, mas aumenta a taxação sobre os “super-ricos”, que ganham entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão anuais — um ponto que divide economistas e políticos.
Enquanto Lula tenta costurar apoio para aprovar o Orçamento e aliviar a pressão popular com a promessa de alívio no Imposto de Renda, cresce nos bastidores a avaliação de que o governo enfrenta sua mais delicada crise de articulação política desde o início do mandato.
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*Com informações Metrópoles