O Partido Liberal (PL) anunciou o fim do acordo de trégua com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e vai intensificar a cobrança para que o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro seja pautado. A decisão foi confirmada pelo líder da sigla na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), que pretende retomar a pressão já na próxima reunião de líderes.
O movimento ocorre após a divulgação do acórdão do STF sobre o julgamento de Jair Bolsonaro na tentativa de golpe, que abriu prazo para os últimos recursos. Com isso, o PL planeja apresentar um substitutivo ao projeto de dosimetria das penas, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), propondo uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.
Até então, Sóstenes havia negociado com Motta para adiar a cobrança, com o objetivo de conquistar apoio de parlamentares do centro antes de levar a proposta ao plenário. Na reunião de líderes da última terça-feira (21), a oposição não pressionou Motta sobre a pauta, reforçando a vigência do acordo temporário.
Agora, com a mudança do cenário, o PL quer levar o projeto à votação já na primeira semana de novembro, apostando em uma maioria sólida, superior a 290 votos. O recuo momentâneo transformou-se em uma ofensiva direta, reforçando a estratégia do partido de acelerar a anistia e assegurar aprovação rápida na Câmara.
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*Com informações Metrópoles