Política Tarifaço
Lula busca acordo com EUA, mas tarifaço e sanções seguem como bomba sobre o Brasil
Presidente se reúne com Trump na Malásia, anuncia negociações “de alto nível” e tenta suspender taxação de 50% sobre produtos brasileiros e sanções a autoridades
27/10/2025 11h09
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump neste domingo (26), na Malásia, terminou sem resultados concretos, deixando em aberto o futuro das negociações sobre o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros e as sanções aplicadas a autoridades do país.

Apesar de afirmar que entregou a Trump um documento detalhando os pontos de negociação e de se mostrar otimista, Lula não conseguiu garantir compromissos do governo norte-americano. A reunião durou cerca de uma hora, mas nenhum avanço foi registrado e as medidas punitivas permanecem ativas.

A equipe brasileira, formada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), conduzirá as próximas rodadas de negociação. Lula garantiu que, caso surjam impasses, intervirá pessoalmente para tentar destravar o processo.

Entre as demandas do Brasil estão a suspensão da taxação sobre exportações e a reversão das sanções impostas a ministros do STF e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cuja esposa e filha tiveram vistos revogados em agosto. Apesar das promessas de diálogo, os EUA não sinalizaram nenhuma mudança imediata.

Trump também se manifestou de forma cautelosa, afirmando acreditar que podem ser feitos “bons acordos”, mas sem detalhar compromissos ou cronogramas concretos.

Analistas apontam que a reunião evidencia a pressão sobre o governo brasileiro, que ainda enfrenta o impacto do tarifaço no comércio exterior e precisa lidar com medidas punitivas que afetam diretamente autoridades do país.

Enquanto Lula mantém o otimismo público, a realidade mostra que as negociações ainda estão longe de um desfecho e que os próximos dias serão decisivos para definir se Brasil e EUA conseguirão avançar em algum acordo.

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*Com informações Metrópoles