Política Eleições
Mulheres devem protagonizar disputa eleitoral em MS e podem fazer história em 2026
Camila Jara, Rose Modesto e Mara Caseiro despontam como principais apostas de seus partidos em um cenário que promete recorde de representatividade feminina
30/10/2025 08h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

As eleições de 2026 prometem um cenário inédito em Mato Grosso do Sul, com as mulheres no centro das disputas políticas e uma mobilização sem precedentes dos partidos em torno de candidaturas femininas. A pouco mais de um ano do pleito, as legendas preparam investimentos robustos em campanhas lideradas por mulheres que devem disputar cargos estratégicos no Estado.

No PT, o nome de maior destaque é o da deputada Camila Jara, que deve concentrar os maiores recursos do partido. A eventual candidatura do deputado Vander Loubet ao Senado abriria espaço para que Camila se consolidasse como a principal representante petista na corrida eleitoral, fortalecida pelo mandato e pela boa inserção entre os eleitores jovens e progressistas.

Na federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas, quem desponta é a ex-deputada Rose Modesto. Conhecida por sua expressiva votação e histórico de liderança, Rose é vista como aposta segura para fortalecer o grupo em Campo Grande, onde já chegou ao segundo turno na disputa pelo Governo do Estado.

O Partido Liberal (PL) também deve apostar em uma candidatura feminina de peso. A deputada Mara Caseiro, atualmente no PSDB, é apontada como favorita a ocupar o principal espaço da legenda na disputa por uma vaga na Câmara Federal. A saída do deputado Marcos Pollon para concorrer ao Governo e a possível candidatura de sua esposa, Naiane Bitencourt, reforçam o protagonismo das mulheres no partido.

Caso as previsões se confirmem, Mato Grosso do Sul poderá viver um marco histórico, com mais de uma mulher eleita entre as oito vagas federais — algo que nunca ocorreu. Desde 1990, apenas cinco mulheres conseguiram chegar à Câmara dos Deputados pelo Estado: Marilu Guimarães, Marisa Serrano, Tereza Cristina, Rose Modesto e Camila Jara.

No Senado, a representatividade feminina já é expressiva: Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos) ocupam duas das três cadeiras. E a ministra Simone Tebet (MDB), que não disputou a reeleição em 2022, é apontada como uma possível candidata ao Senado em 2026 — o que reforçaria ainda mais a presença feminina na política sul-mato-grossense.

Se o cenário se concretizar, as eleições de 2026 poderão entrar para a história como o momento de virada na representatividade das mulheres em Mato Grosso do Sul, consolidando uma nova geração de lideranças femininas no Estado.

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*Com informações Investiga MS