O presidente do Paraguai, Santiago Peña, determinou nesta semana a elevação ao nível máximo do alerta de segurança em toda a faixa de fronteira do país, com atenção especial aos departamentos de Amambay e Canindeyú, que fazem limite com Mato Grosso do Sul, além de Alto Paraná. A decisão foi tomada após reunião do Conselho de Defesa Nacional (CODENA), motivada pela recente megaoperação no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortos, mas não conseguiu capturar os principais líderes do Comando Vermelho, Doca e Pedro Bala.
A ação do governo paraguaio também responde ao ataque de criminosos fortemente armados que explodiram uma agência do Itaú em Katueté, cidade localizada a 74 km de Mundo Novo (MS). Durante o encontro do CODENA, Peña assinou decreto que classifica o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, permitindo penas mais duras e facilitando a cooperação internacional em segurança e extradição.
Segundo o contra-almirante Cíbar Benítez, secretário permanente do CODENA, o objetivo principal é proteger a população e manter a ordem. “Essas organizações vão além da criminalidade comum; são uma ameaça real à vida das pessoas e à soberania do Paraguai”, disse. Ele destacou que as ações são preventivas e não devem gerar pânico entre a população.
O ministro do Interior, Enrique Riera, detalhou que as operações já estão em andamento, combinando inteligência, monitoramento aéreo com drones e integração entre tropas militares e unidades policiais. A segurança de penitenciárias que abrigam membros das facções também será reforçada, e haverá intensificação da repressão ao contrabando e ao crime organizado, principalmente no período de fim de ano.
O governo paraguaio ressaltou que essas medidas não afetarão o comércio nem o trânsito nas regiões de fronteira. Além disso, a coordenação com Brasil e Argentina está sendo intensificada, com operações conjuntas de vigilância e controle nos passos fronteiriços e nas áreas de maior circulação.
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*Com informações Midiamax