Um incêndio de grandes proporções terminou em tragédia na madrugada desta segunda-feira (10), em Rochedo, município a 80 km de Campo Grande. Segundo o boletim de ocorrência, Rosimeire Vieira de Oliveira, a filha e o neto foram encontrados carbonizados dentro da residência. A Polícia Civil investiga o caso como possível feminicídio, o 35º registrado em Mato Grosso do Sul em 2025.

Conforme o relato policial, ao chegarem ao local, militares encontraram vizinhos tentando apagar as chamas com mangueiras. Um brigadista de um frigorífico que auxiliava no combate ao fogo afirmou ter visto, dentro da casa, o corpo de uma criança carbonizado.

Momentos antes da tragédia, Rosimeire enviou uma mensagem pedindo socorro a uma amiga pelo WhatsApp, dizendo que havia alguém em sua casa. A testemunha contou à polícia que suspeitava de um ex-companheiro da vítima, que não aceitava o fim do relacionamento, e acredita que o incêndio possa ter sido criminoso.

Durante as diligências, os policiais foram até a residência do suspeito, Higor, localizada na Rua Mato Grosso, onde ele foi encontrado e levado para a Delegacia de Polícia Civil. No local do crime, peritos e equipes de socorro confirmaram que os três corpos — mãe, filha e neto — estavam completamente carbonizados.

Apesar de o caso ter sido registrado como “incêndio e morte por causa indeterminada”, as circunstâncias apontam para mais um crime de feminicídio no Estado.

Com a morte de Rosimeire, Mato Grosso do Sul chega a 35 casos de feminicídio em 2025, um número alarmante que vem crescendo mês a mês.

A última vítima havia sido Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves, assassinada em Aparecida do Taboado no dia 4 de novembro, crime cometido, segundo as investigações, pelo próprio filho, Gabriel Gonçalves Ferreira, de 18 anos, com ajuda de um amigo.

No mesmo dia, em Jardim, Aline Silva, de 26 anos, também foi morta a facadas na frente da filha e da mãe pelo companheiro, Nélio Moraes, de 65 anos, preso pela Polícia Militar no dia seguinte.

📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas na Rua Brasília, s/n, Jardim Imá. No local, as vítimas encontram atendimento psicológico, jurídico e social, além da Defensoria Pública, Ministério Público, Vara de Medidas Protetivas, Patrulha Maria da Penha e Guarda Municipal.
O atendimento também pode ser solicitado pelo telefone 153.

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*Com informações Midiamax