Washington vive um de seus dias mais turbulentos em meses. A expectativa pela possível divulgação dos arquivos selados do caso Jeffrey Epstein — documentos que podem revelar nomes de figuras públicas envolvidas em uma rede de abuso sexual — provocou uma onda de pressão política, mobilização online e batalhas retóricas dentro e fora da Casa Branca.
Mas o ponto mais explosivo do dia veio exatamente do Salão Oval.
Donald Trump, agora presidente dos Estados Unidos novamente, rompeu o silêncio e abordou diretamente o caso, após ser questionado por repórteres sobre a possibilidade de seu nome constar nos documentos.
A resposta veio no tom característico do presidente: duro, desafiador e carregado de desconfiança institucional.
“Isso tudo é uma farsa. Uma grande perda de tempo. Nunca estive envolvido em nada irregular e não vão encontrar nada. Estão tentando transformar uma história chata em escândalo nacional.” — Donald Trump, em coletiva na Casa Branca.
A fala, amplamente reproduzida por agências internacionais, inflamou ainda mais a discussão pública. A internet explodiu com buscas sobre “Epstein files”, “Trump involved?”, “Congress vote” e “full release documents”, transformando o caso no tópico mais procurado do dia.
Na Câmara, parlamentares pressionam pela liberação integral dos documentos, alegando que a confiança pública depende da transparência total. Já o Departamento de Justiça, cauteloso, insiste que partes dos arquivos podem conter nomes que jamais foram formalmente investigados, e que a divulgação sem filtros pode gerar danos irreparáveis.
Enquanto isso, Trump reforçou que a investigação nunca apresentou elementos contra ele.
“Meu nome aparece em tudo porque sou conhecido. Isso não significa absolutamente nada. Estive com Epstein como milhões estiveram, e quando soube do que ele fazia, cortei relações imediatamente.”
A fala ecoa uma narrativa já usada pelo presidente há anos, mas agora no contexto de maior intensidade pública desde a prisão do financista.
Especialistas observam que a estratégia de Trump mira duas frentes:
Descredibilizar o material antes que seja divulgado, minimizando o impacto político, caso seu nome esteja presente.
Transformar a divulgação em bandeira contra os adversários, reforçando a retórica de perseguição política e midiática.
Analistas próximos ao governo afirmam que, nos bastidores, a Casa Branca teme o “efeito repercussão”, não necessariamente por informações comprometedoras, mas pela exploração político-midiática que o tema pode gerar em ano pré-eleitoral.
Com a votação prevista para ocorrer nos próximos dias, o clima em Washington é de tensão. A eventual divulgação total dos arquivos pode gerar ondas imprevisíveis — desde revelações chocantes até frustrações coletivas caso a documentação seja menos explosiva do que se imagina.
Por enquanto, a única certeza é que o nome de Trump domina o centro do palco político, e sua fala, carregada de provocação, alimenta ainda mais o frenesi nacional e internacional.