O setor industrial brasileiro criticou a lentidão do governo em reagir às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio, que elevaram os custos de produção e ameaçaram contratos internacionais. Segundo o Instituto Aço Brasil e a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), a demora em adotar medidas de compensação comprometeu a competitividade das empresas brasileiras.Apesar de o governo federal ter convocado reuniões para avaliar o impacto das tarifas e dialogar com representantes do setor, especialistas afirmaram que as iniciativas foram insuficientes diante da urgência do problema.
Impactos no setor
O aumento das tarifas norte-americanas, que pode chegar a 50% sobre determinados produtos, trouxe incerteza para exportadores e pressões sobre a cadeia produtiva interna. A ABAL destacou que a medida prejudica a competitividade do alumínio brasileiro e pode levar empresas a revisar cronogramas de exportação.Relatórios do BTG Pactual e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçam que a demora na adoção de medidas compensatórias contribuiu para insegurança no mercado, afetando investimentos e a confiança de empresários.
Reação do governo
O Ministério da Economia e o Itamaraty afirmaram que estudam medidas para minimizar os impactos das tarifas, incluindo negociações diplomáticas e incentivos à produção nacional. Entretanto, representantes do setor industrial observaram que essas ações não foram suficientes para conter os efeitos imediatos sobre exportações e competitividade.
Perspectivas
Especialistas destacaram que uma resposta ágil e coordenada é essencial para proteger empregos, contratos internacionais e a imagem do Brasil no comércio global. “O setor industrial depende de decisões rápidas para manter sua presença no mercado externo”, afirmou um representante do Instituto Aço Brasil.O episódio evidencia que a combinação de tarifas externas e respostas lentas do governo pode gerar impactos concretos na economia, aumentando os riscos para empresas exportadoras e investidores.