Economia Governo Bolsonaro
2022 teve uma das menores taxas de desemprego da série histórica do IBGE
A taxa média de desemprego no Brasil recuou para 9,3% no ano passado
01/03/2023 08h32 Atualizada há 3 anos
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O número de desempregados reduziu 27,9% em 2022

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados na terça-feira, 28 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que a gestão anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve as duas maiores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua com 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021. 

A taxa média de desemprego no Brasil recuou para 9,3% em 2022. O número de desempregados reduziu 27,9% ante 2021, para 10 milhões. 

Comparando os anos de 2022 com 2021 a taxa de desemprego registrou uma queda de 3,9%.

De acordo com a pesquisa, o total de ocupados chegou a 98 milhões, maior média anual da série, com crescimento de 7,4% sobre 2021.

O número de empregados sem carteira no setor privado (12,9 milhões) cresceu mais que o de trabalhadores com carteira (35,9 milhões). Os aumentos foram de 14,9% e 9,2%, respectivamente.

Já o número médio de trabalhadores por conta própria subiu 2,6%, para 25,5 milhões.

Por sua vez, os empregados no setor doméstico, onde predomina a informalidade, aumentou 12,2%, somando 5,8 milhões.

Com esses resultados, a taxa média de informalidade oscilou de 40,1%, em 2021, para 39,6%, e fica acima das taxas registrada em 2016 (38,6%) e mesmo em 2020 (38,3%).

Os desempregados foram estimados em 4,3 milhões de pessoas, queda anual de 19,9%. O recorde desse grupo é de 2020 (5,5 milhões).

O valor médio do rendimento caiu 1% em relação ao ano anterior, ficando em R$ 2.715, porém, com o crescimento da ocupação, o total da massa de rendimentos chegou a R$ 261,3 bilhões, o maior da série. 

Entre os setores de atividade, o que inclui agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura teve queda de 1,6% na ocupação (8,7 milhões de trabalhadores em 2022). 

No segmento de serviços, as atividades de alojamento e alimentação, bastante afetadas pela pandemia, cresceu 15,8% no ano passado (5,3 milhões de ocupados). Em relação a 2012, alta de 39,5%.

Já o setor que inclui comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas aumentou 9,4%, para 18,9 milhões de empregados. Também ante 2012, expansão de 12,6%.

Por sua vez, a indústria somou 12,6 milhões de empregados, alta de 6,3% no ano passado.

Na administração pública (incluindo defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais), eram 17,1 milhões de trabalhadores em 2022. Crescimento de 5,8% no ano.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa média de desemprego recuou para 7,9%. São 8,6 milhões de desempregados.