O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que foi condenado por corrupção, concedeu uma entrevista exclusiva ao site Metrópoles e culpou juízes, procuradores, a imprensa e a polícia federal por persegui-lo.
Ele ainda criticou seu sucessor, Eduardo Paes, e seu aliado, Luiz Fernando Pezão, que também foi governador do Rio. Cabral também chorou durante a entrevista e afirmou ser uma vítima.
O ex-governador negou ter participado de esquemas de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e nunca ter superfaturado obras.
Ele admitiu, entretanto, ter usado dinheiro de caixa 2 para campanhas eleitorais e sobras de campanha para benefício pessoal. Ele também explicou o suposto superfaturamento nas obras do metrô e declarou que nunca fez patrimônio com dinheiro de corrupção.
Além disso, Cabral admitiu ter comprado votos para que o Rio de Janeiro sediasse os Jogos Olímpicos de 2016.
No entanto, ele disse que não foram apenas os votos comprados por ele que levaram o Rio a ser escolhido.
Cabral disse que foi torturado psicologicamente durante a delação e que se arrependeu de tê-la feito, e ainda criticou a forma como os processos contra ele foram conduzidos pela Justiça, que, segundo ele, foram diferentes dos demais processos da Operação Lava Jato.
E, mandou recado para Lula:
"Primeiro, dar parabéns por essa vitória. Acho que o Brasil tomou a decisão mais correta, independentemente do que ele for fazer. A institucionalidade do país voltou para onde nós estávamos"..."é o melhor presidente da história do Brasil".