O senador Sergio Moro defende reforma no STF e critica âncora fiscal prometida pela equipe de Fernando Haddad durante entrevista ao programa Pânico nesta segunda-feira (6).

Moro afirmou que a revisão do Supremo Tribunal Federal é necessária para diminuir os pesos das decisões de um só ministro e pensar em mandatos de 12 anos.

“A vantagem de fazer oposição, muitas vezes, é que é mais fácil do que a situação em que você tem que apresentar o resultado”, completou.

Em resposta às críticas de Eduardo Cunha à Operação Lava Jato e sua entrada na política, o ex-juiz afirmou que é necessário lutar para viver em um país mais decente e que mantém sua coerência em relação ao processo penal.

“O cara cometeu um crime, tem que pagar. Esse que é o mundo civilizado. No Brasil, ao invés de pôr a culpa em quem é o responsável por fazer com que as engrenagens não funcionem, vão para cima de pessoas que tentam fazer a engrenagem funcionar”, disse.

Sobre sua passagem pelo Ministério da Justiça, Moro afirmou que entrou na política em busca de políticas técnicas para a segurança pública e que saiu do governo quando percebeu que seu caminho tinha sido cortado.

Ele também rebateu críticas sobre seu apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, afirmando que entendeu ser a melhor opção para o país na época, mas que fará oposição ao novo governo no Congresso.