Política Lava Jato
Ministro da Defesa tem acusação de corrupção arquivada na Lava Jato
Ex-presidente da OAS denunciou pedido de propina de R$ 3 milhões
20/03/2023 06h04 Atualizada há 2 anos
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José Múcio era ministro do TCU em 2014

José Múcio Monteiro, atual ministro da Defesa e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) do Governo Lula, foi denunciado pelo ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, ao pedir propina de R$ 3 milhões à empresa – R$ 1 milhão para si próprio e R$ 2 milhões para a campanha eleitoral do ex-senador Armando Monteiro, em 2014.

Ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro

Segundo o empreiteiro, os pedidos foram feitos quando Múcio ainda era ministro do TCU, e em troca, ele agiria em favor dos interesses da OAS na Corte.

No entanto, a Polícia Federal concluiu que as acusações do delator eram condizentes com a realidade, com algumas divergências, mas opinou pelo encerramento do caso, já que a investigação "não" reuniu elementos capazes de demonstrar a materialidade dos supostos crimes.

O Ministério Público Federal concordou com a PF e enviou um expediente à Justiça Federal em Brasília propondo o arquivamento do caso, argumentando que, como os fatos são relativamente antigos, ficou difícil abrir novas linhas de apuração.

Múcio, que deixou o TCU em 2020, tem sob sua tutela a gestão do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Curiosamente, o mesmo Léo Pinheiro foi responsável por uma parte significativa das acusações que levaram o ex-presidente Lula a ser condenado pela Lava Jato, afirmando que a reforma do tríplex do Guarujá, feita pela OAS, foi uma forma de subornar o petista.



As sentenças baseadas nas acusações de Léo Pinheiro e de outros delatores foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal - STF.