Após intensa mobilização do governo Lula (PT), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos atos de 8 de janeiro no Senado foi esvaziada, restando apenas 15 senadores, dos 27 necessários para instalação da Comissão.
O prazo finalizou sem que o colegiado conseguisse o apoio necessário. A autora da CPI, senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), reuniu somente 15 das 27 assinaturas exigidas.
Na lista dos parlamentares que apoiavam a investigação estão:
Quatro senadores retiraram seus nomes, entre eles:
Outros senadores não retiraram de fato seus nomes, mas deixaram o assunto caducar. Entre eles, Jorge Kajuru, líder do PSB no Senado.
A CPI chegou a ter 38 assinaturas, entretanto, o Palácio do Planalto conseguiu convencer parlamentares a retirarem seus nomes. Entre os que recuaram estão Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE), Leila Barros (PDT-DF) e Fabiano Contarato (PT-ES).
O líderes lulistas defendiam que a CPI poderia atrapalhar o avanço de pautas prioritárias no Senado.
Fixado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o prazo para a instalação da CPI era até a última sexta-feira (17).
O líder do Senado pontuou que o pedido anterior com as 38 assinaturas perdeu a validade em razão da posse dos novos parlamentares, em fevereiro.
Thronicke chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que Pacheco fosse obrigado a instalar a CPI, mas não obteve sucesso.