Política Lava Jato
Lewandowski suspende mais quatro processos da Odebrecht na Lava Jato
Com provas, a decisão beneficiou Marcos Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro
21/03/2023 10h55
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Lewandowski estendeu mesmo entendimento aplicado por ele em favor de Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou na segunda-feira (20) a suspensão de mais quatro processos que contêm material apresentado pela Odebrecht em seu acordo de leniência.

A decisão beneficiou Marcos Antônio Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro, acusados de operar o Caixa II de campanhas do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ao governo de São Paulo, o publicitário Paulo Luciano Tenutto Rossi, conhecido como Palu, irmão do presidente do MDB, Baleia Rossi, e Sandra Ramos Leite.

Marcos Antônio Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro

Lewandowski estendeu aos beneficiários da decisão um entendimento aplicado por ele em favor do ex-presidente Lula, em setembro de 2021, anulando as provas apresentadas contra o petista a partir do acordo de leniência da empreiteira baiana.

“departamento de propinas”

O material extraído dos sistemas Drousys e MyWebDay, utilizados no gerenciamento do “departamento de propinas” da Odebrecht, foi considerado inútil pelo ministro, que citou a falta de cuidado na preservação dos arquivos da empresa pelos procuradores da Lava Jato.

Antes desta decisão, o ministro já havia beneficiado diversos políticos, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, o deputado federal Pedro Paulo, entre outros.

A decisão de Lewandowski segue gerando expectativas de benefícios para outros nomes, como o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas.

Ex-governador do Rio de Janeiro - Sérgio Cabral

Ex-presidente da Câmara - Eduardo Cunha

Ex-vice-presidente do Equador - Jorge Glas