Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o preço de importação do bacalhau, alimento típico da Páscoa, subiu quase 86% neste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
A importação do produto deve ser 32,7% menor que na Páscoa de 2022.
“A queda nas importações do pescado é um indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais baratos”, analisa o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo.
Ele aponta que a cesta de bens e serviços relacionada à Páscoa (chocolates, pescados diversos, bacalhau, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa) está 8,1% mais cara do que em 2022.
Com o aumento no preço do principal alimento da semana santa, bares e restaurantes se organizam e usam a criatividade para adaptar o cardápio. É o caso da Casa Milà, restaurante com inspirações espanholas, no Rio de Janeiro.
Neste ano, o cardápio especial de Páscoa vai deixar o bacalhau de lado.
Varejo está confiante
Segundo a CNC, a Páscoa representa a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional.
“Gradativamente, a retomada da economia vai se robustecendo e reaquecendo o varejo. A tendência é que as perdas provocadas pela pandemia sejam revertidas a partir da melhoria do contexto macroeconômico”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O levantamento da CNC apontou crescimento nas vendas especialmente em Santa Catarina (7,9%), no Ceará (7%) e no Espírito Santo (6,8%).
Os maiores volumes de faturamento, no entanto, tendem a se concentrar em São Paulo (com R$ 977 milhões), Minas Gerais (R$ 273 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 244 milhões).
Juntos, os três estados responderão por 60% do volume financeiro gerado pela Páscoa deste ano.