O ministro do STF Ricardo Lewandowski anunciou sua aposentadoria, em entrevista coletiva na noite de quinta-feira (30).
Não foi nenhuma surpresa porque o ministro já vinha tratando com Luiz Inácio Lula da Silva sobre o seu novo substituto, embora tenha negado as conversas com o mandatário.
Enquanto a base pestista pressiona Lula para colocar uma mulher negra no lugar de Lewandowski, ele rejeita e tem como favorito o advogado Cristiano Zanin. Além de Zanin, são cotados para o posto o ex-secretário-geral do STF Manoel Carlos e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.
Completando 75 anos em maio, o ministro decidiu antecipar sua saída do Supremo Tribunal Federal.
Lewandowski confirmou que entregou seu pedido de aposentadoria à presidente do tribunal, Rosa Weber, e que o ofício já foi encaminhado ao presidente da República, Lula.
Assim, o ministro deixará o STF 30 dias antes do previsto, que já participou de sua última sessão plenária como ministro.
“Essa minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam, e agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo”, disse Lewandowski. “Saio com a convicção de que cumpri a minha missão, mas parto para novas jornadas.”
O ministro declarou que não tratou do assunto com Lula.
“Estive em um evento em Recife, no dia 22, em que eu homologuei um acordo com a União para a gestão compartilhada com Fernando de Noronha. Não tive nenhum encontro com ele [Lula] para tratar do assunto.”