O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assinou um termo de cooperação para transformar em política de Estado o projeto “Favela 3D”, da Organização Não Governamental (ONG) Gerando Falcões.
A proposta, firmada na quarta-feira 5, pretende potencializar ações de combate à pobreza, transformando favelas em lugares “dignos, digitais e desenvolvidos”, por isso o nome 3D.
O acordo permitirá que os idealizadores do projeto conversem diretamente com as secretarias do governo estadual para selecionar nove favelas paulistas com até 500 residências para serem transformadas.
Segundo o fundador da ONG, Edu Lyra, a execução do projeto em SP deve começar em até seis meses.
Inicialmente, o governo não vai investir financeiramente. Desse modo, os custos para implementação do projeto devem vir de parcerias com a iniciativa privada.
Tarcísio assinou o documento durante um evento do Favela Power, que aconteceu no Memorial da América Latina, em São Paulo. No local, cerca de mil lideranças de comunidades marcaram presença.
No evento, Tarcísio classificou o projeto como o “maior programa brasileiro de erradicação da pobreza”.
O governador planeja implementar o projeto em 50 favelas do Estado até 2026.
“Transformaremos essa ideia em política de Estado”, declarou Tarcísio. “Vamos ver quais são as primeiras favelas que vamos trabalhar. É uma política que vai envolver todas as secretarias do governo. As favelas são usinas de criatividade, são celeiros de empreendedores. A gente pode transformar a favela em um local de prosperidade. E poderemos caminhar para a erradicação da pobreza.”
Edu Lyra afirmou que as novas moradias podem ser construídas com alvenaria ou material reciclado.
“A favela pode demandar suas próprias políticas públicas”, explicou o fundador da ONG. “Ninguém entende mais de favela do que um favelado. A gente pode se levantar de uma forma estratégica e construir as melhores soluções para nós, não só com transferência de renda, mas com emancipação.”
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf)