Se para acabar com a fome no mundo, conforme cálculos do FMI (Fundo Monetário Internacional) seria necessário o aporte de US$ 50 bilhões, o custo para se evitar o avanço do aquecimento global ficaria bem mais alto. Pelo menos na estimativa da Irena (Agência Internacional para as Energias Renováveis) anunciada em Roma, durante um evento sobre mudanças climáticas, a conta para se evitar problemas ao meio ambiente até 2050 estaria projetada em US$ 150 trilhões.
Tudo para que o aumento da temperatura média do planeta não avance nas próximas décadas em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. A informação vem justamente em um momento no que se sinalizam aportes anuais mais robustos em 300% na pauta ecológica no mundo.
“A COP28 deve certificar que os países não trabalharam bem pelos objetivos do Acordo de Paris, mas devem dizer também como fazer para nos recolocar no caminho”, disse o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera.
A próxima cúpula climática das Nações Unidas (ONU) ocorrerá entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai. A meta mais ambiciosa do Acordo de Paris prevê um limite de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais para o aquecimento global neste século.