Mato Grosso do Sul voltado à preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos. Esse é o propósito de um grupo de trabalho formado no Estado que também conta com uma Frente Parlamentar, debate capaz também de envolver a participação de diversas instituições ligadas à temática. Em evento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, 25 membros representantes dessa missão local foram empossados, sob o compromisso de comparecer nas reuniões quando convocados para discussão e aprovação de assuntos pertinentes.
Após abertura do encontro, os membros representantes de 25 instituições foram empossados, sob o compromisso de comparecer nas reuniões quando convocados para discussão e aprovação de assuntos pertinentes. “A Frente Parlamentar é um trabalho que discute ações e estratégicas para que o Mato Grosso do Sul continue sendo essa referência em quantidade e qualidade de água. Nós temos uma participação mais próxima das decisões que são tomadas pelo Estado e podemos ouvir o sentimento e a vontade de ações em prol dos recursos hídricos com a comunidade organizada, universidades, conselhos e outras instituições”, falou na solenidade o presidente da Frente Parlamentar, o deputado estadual Renato Câmara (MDB), também coordenador do grupo de trabalho.
O Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) Arlindo Muniz, destacou que a iniciativa é inovadora. “As Frentes Parlamentares são divisões inteligentes do mandato, pois consegue reunir as maiores autoridades de recursos hídricos do Estado. Com certeza o trabalho revela a importância para produzir legislações modernas e sustentáveis, para que consigamos mitigar, na medida do possível, os impactos que são naturais da modernidade”, pontuou.
A solenidade contou com a palestra do professor doutor em Agronomia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), da Unidade Universitária de Aquidauana, Norton Hayd Rego, intitulada “Variáveis Ambientais e Conservação dos Recursos Hídricos do Estado de Mato Grosso do Sul”. O ocasião em que o docente elucidou questões sobre a geodiversidade da região, que abrange 12 regiões com duas grandes bacias (Paraná e Paraguai).
Ele também informou algumas características sobre os Aquíferos. “Os Aquíferos no Estado estão em uma sobreposição e foram formados em períodos diferentes. Por exemplo, o Aquífero Bauru está mais superficial, em cima e abaixo dele existe a Formação Serra Geral, uma formação basáltica. Já o Aquífero Guarani fica confinando, pois ele tem uma camada superior e inferior e que o leva para uma determinada profundidade. A água chega pelas áreas de recarga, onde ocorre o reabastecimento por esses pontos de infiltração. Para cada Aquífero precisamos ter uma gestão diferente de gerenciar esse recurso e entender a capacidade de retenção de água nos solos do Estado”, relatou na ocasião.