Nesta terça-feira (30) o governo Lula entregou a parlamentares uma prestação de contas sobre o uso de verba federal para atender aliados, detalhando, inclusive, como o Executivo tem usado o Orçamento para conseguir apoio no Congresso.
Essas verbas, assim como emendas parlamentares comuns, são usadas para conseguir apoio em votações na Câmara dos Deputados e no Senado. Ao contrário delas, porém, são distribuídas de forma desigual sem transparência sobre o padrinho das indicações, como acontecia com emendas de relator de Jair Bolsonaro, chamadas de orçamento secreto.
De acordo com o site Metrópoles, o documento mostra como as próprias emendas de relator continuam sendo pagas neste governo, com novos padrinhos. O governo relata ter recebido R$ 2,043 bilhões em novas demandas de aliados da Câmara nesse tipo de emenda, das quais R$ 1 bilhão já foi pago.
O relatório foi entregue aos vice-líderes para que eles usem as informações para aplacar a pressão dos partidos da base aliada, já que deputados reclamam do ritmo lento das liberações.
Segundo o relatório, o valor total em emendas parlamentares pago em 2023 é R$ 13,49 bilhões, incluindo o orçamento secreto. O secretário especial de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Valmir Prascidelli entregou os documentos aos parlamentares. Até o momento, a SRI não confirmou as informações.
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