Segunda, 15 de Setembro de 2025

Rosa Weber marca julgamento do Orçamento Secreto para dia 7

Magistrados defendem estabelecer critérios a partir de 2023

03/12/2022 às 06h45 Atualizada em 04/12/2022 às 11h28
Por: Fonte: CNN
Compartilhe:
Weber havia liberado processos para ser apreciado pela Corte
Weber havia liberado processos para ser apreciado pela Corte

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou para a próxima quarta-feira (7) o julgamento das ações que discutem a constitucionalidade do pagamento das emendas do relator no Orçamento, o chamado Orçamento Secreto. Weber, que também é relatora do caso, havia liberado nesta quinta-feira (1º) o tema para ser apreciado pelo plenário da Corte.

Uma ala do Supremo defende o que tem sido chamado de ‘meio termo’ sobre orçamento secreto. Esses ministros não vêem espaço para declarar a inconstitucionalidade do chamado orçamento secreto e trabalham com uma modulação para 2023.

Alguns Ministros em entrevista à CNN disseram que, se a Corte optar por derrubar a legalidade do pagamento das emendas de relator, vai se criar um imbróglio em relação a tudo que já foi empenhado e, porventura, executado.

Outros ministros entendem que, apesar de a declaração de inconstitucionalidade ter efeitos retroativos, o Supremo pode excepcionalizar a regra por segurança jurídica. É a chamada “modulação de efeitos”.

A avaliação comum entre esses magistrados é a de que qualquer que seja o caminho escolhido pelo plenário não haverá retroatividade e que o melhor desenho será o Supremo estabelecer critérios para o orçamento secreto a partir do ano que vem —como maior transparência em relação ao pagamento dessas emendas.

Em novembro do ano passado, quando o Supremo votou pela suspensão do orçamento secreto, o ministro Gilmar Mendes foi voto vencido ao não acompanhar a maioria do plenário. Defendeu que o congelamento dessas despesas poderia afetar setores essenciais, como a saúde e a educação.

Na época, o ministro votou por maior transparência no pagamento das emendas, mas citou dados da Secretaria de Orçamento do Ministério da Economia, que apontavam, até aquele momento, um gasto de R$ 16,8 bilhões com as emendas de relator.

O governo, segundo o ministro, já teria ancorado a verba ao “recebimento de propostas para a realização de convênios, contratos de repasse ou até mesmo iniciado ou concluído processos licitatórios”.

“São recursos destinados à construção de hospitais, à ampliação de postos de atendimento ou a quaisquer outras finalidades de despesa primária que podem ser destinados a todas as unidades federativas nacionais e que terão sua execução simplesmente paralisada até o julgamento de mérito desta ADPF.”

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários