Durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) nesta quarta-feira (26) o ex-diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Saulo Moura da Cunha afirmou que, “obviamente”, houve falha em 8 de janeiro de 2023 e mencionou o poder de decisão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) para atuar, com base em informações recebidas.
Saulo da Cunha era diretor adjunto da Abin no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Questionado sobre falhas que teriam levaram aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, o depoente não quis fazer avaliações sobre outros órgãos, mas defendeu a Abin e destacou que a SSP/DF tinha poder para decidir o que fazer a partir dos dados recebidos.
“A informação da Abin, de inteligência, é feita para assessorar o poder decisório. Nesse caso, quem estava com o poder de decisão eram as forças de segurança do Distrito Federal. Obviamente, os fatos falam por si: houve falha. Se não, nós não teríamos a depredação das sedes dos Três Poderes”, disse.
Ao ser questionado também sobre fatos recentes à Abin, como os descobertos por meio da Operação Última Milha, que mirou servidores da Agência que usavam um programa para espionar celulares ilegalmente, o ex-diretor explicou que só soube do software pelos veículos de comunicação.
“Esse aparelho, ainda segundo a imprensa, foi desativado em 2021. Quando cheguei à Abin, havia uma correição em andamento, sigilosa e cujo conteúdo não tomei conhecimento, que apurava esse fato. Logo depois, também de acordo com a imprensa, foi aberta uma sindicância. Em minha gestão, esse instrumento não foi usado. Nunca vi esse aparelho”, enfatizou Saulo da Cunha.
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*Com informações Metrópoles