Simone Tebet, ministra do Planejamento, disse nesta terça-feira (28), que não foi sondada ou procurada para assumir o Ministério da Justiça. A ministra destacou que mesmo com a indicação de Flávio Dino para o STF (Supremo Tribunal Federal), a pasta ainda tem titular e não é o momento de falar sobre a vacância.
Questionada sobre uma eventual divisão da pasta, em Justiça e Segurança Pública, ela disse ser favorável.
“Não vamos esquecer que o Ministério da Justiça ainda tem titular. O ministro Flávio Dino foi indicado para ir para o Supremo Tribunal Federal, mas ainda continua como ministro este mês. Neste momento não é hora de falar de ocupação de novos cargos, nem de nomeação, porque não há vacância do ministério. Não fui sondada, não fui convidada, estou no Ministério do Planejamento e Orçamento a convite do presidente Lula, como ele disse, da cota pessoal dele”, disse Tebet.
Antes de viajar para a COP28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Flávio Dino a uma vaga de ministro do STF e Paulo Gonet ao comando da PGR. Após o anúncio, o nome de Simone Tebet foi ventilado como potencial substituta de Dino na Justiça.
Indagada sobre se aceitaria o convite para assumir a Justiça, Tebet disse que “ninguém antecipa decisão” e destacou os projetos que acompanha no Congresso e que compõem a agenda econômica do governo, que terão três semanas decisivas e muito desafiadoras.
A ministra voltou a frisar que a decisão de indicar um ministro é uma decisão personalíssima do presidente da República.
“O presidente da República, ele é que tem que analisar dentro desse tabuleiro de xadrez chamado política, quais são as melhores peças a serem movidas. Eu estou muito tranquila de dizer que o presidente Lula tomará a decisão mais acertada para o Ministério da Justiça, que é um ministério extremamente relevante e um ministério que precisa ter alguém da estreita confiança do presidente da República”, acrescentou.
Tebet comentou sobre uma eventual divisão do Ministério da Justiça, com o desmembramento da área de Segurança Pública. Ela lembrou que, enquanto candidata à Presidência da República, defendeu a divisão e destacou que essa concentração é complexa, porque a Segurança Pública tem um mundo de problemas a serem resolvidos.
“Eu defendi a divisão enquanto candidata e continuo defendendo agora. É uma questão de coerência”, disse.
A ministra ainda ressaltou que a decisão por um desmembramento é ato personalíssimo de Lula, que, junto com a equipe, tem de tomar uma decisão política.
“A divisão cabe no orçamento, porque o de 2023 foi aprovado sem a criação de cinco ministérios. Eu não vou contrariar o que sempre pensei”, afirmou.
Ela ainda destacou a competência de Dino no comando da pasta.
“Tínhamos e temos o ministro Flávio Dino, que tinha capacidade de aglutinar e colocar as pessoas certas nos lugares certas, mas é um desafio hercúleo”, assegurou.
Ela ainda acrescentou que considera saudável o debate sobre essa divisão.
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*Com informações Agência Estado