Domingo, 09 de Novembro de 2025

Lula liberou R$ 29,9 bi em emendas, 17,6% a mais que Bolsonaro em 2022

Em 2022, o governo Bolsonaro liberou R$ 25,8 bilhões, enquanto neste ano foram autorizados R$ 35,84 bilhões em emendas

05/12/2023 às 09h11
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já liberou 17,6% a mais emendas parlamentares do que Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A gestão petista empenhou R$ 29,95 bilhões (ou seja, reservou o valor para pagamento posterior) até 29 de novembro, enquanto em todo o ano passado o montante disponibilizado pelo governo federal por indicação de deputados e senadores chegou a R$ 25,46 bilhões.

A diferença do valor chancelado em 2023, pela gestão petista, é ainda maior: 38,9%. Em 2022, o governo Bolsonaro liberou R$ 25,8 bilhões, enquanto neste ano foram autorizados R$ 35,84 bilhões em emendas. A autorização, no entanto, é uma etapa inicial, e não significa que todo o montante será reservado do orçamento federal e pago.

Os parlamentares podem indicar recursos para onde desejarem, mas cabe ao governo decidir quando fazer o empenho, que é a reserva do valor. Sem esse aval, as verbas não chegam efetivamente aos estados e municípios.

Houve lentidão por parte do governo ao liberar recursos, nos primeiros meses deste ano, o que gerou reclamação de deputados e senadores. À medida que o Planalto ampliou as negociações de apoio com os partidos do chamado Centrão, o empenho de emendas aumentou.

Julho foi o mês com a maior quantidade de recursos dessa natureza liberados – o montante chegou a R$ 11,81 bilhões. Esse cenário coincide com a votação de uma matéria importante para o governo: o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), aprovado na Câmara após três décadas de discussão.

O texto voltou para nova apreciação dos deputados, após ter sofrido alterações no Senado. Por se tratar de uma PEC, a matéria precisa ser aprovada de forma idêntica nas duas Casas.

O governo tem liberado entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,9 bilhões em emendas parlamentares, de agosto a novembro. Nesse período, em setembro, Lula deu posse na Esplanada a dois nomes do PP e do Republicanos, partidos do Centrão, para melhorar sua base no Congresso — André Fufuca (PP), chefe do Ministério do Esporte, e Sílvio Costa Filho (Republicanos), titular da pasta de Portos e Aeroportos.

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*Com informações Metrópoles

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