A medida afeta, por exemplo, empresas que trabalham com a importação de produtos e insumos, que, além de precisar do aval do governo para importar, necessitam da autorização do BC para comprar dólares.
Segundo nota divulgada, o objetivo é “dar tempo à gestão do Poder Executivo para cumprir os procedimentos administrativos para a formação das novas autoridades e anunciar e implementar as políticas que serão executadas”.
Todas as operações serão previamente analisadas com base em critérios de prioridade, durante o período de transição para a nova gestão. A medida está sendo interpretada como um “feriado cambial” pela imprensa argentina.
O governo espera adiar a desvalorização da moeda argentina, com as novas regras. O mercado previa que a posse do novo presidente levaria a uma desvalorização do peso argentino em até 100%, com o preço do dólar atingindo um patamar entre 600 e 700 pesos. Na última quinta-feira (7), o mercado fechou em 364 pesos por dólar.
O anúncio do pacote de medidas econômicas do novo governo também foi adiado para terça-feira (12). Durante reunião em seu primeiro dia útil de mandato, Milei afirmou que vai fazer um “inventário geral “do serviço público, com revisão de todos os contratos em vigor, e debateu, junto aos ministros, outras medidas para frear a crise econômica no país.
Manuel Adorni, porta-voz da presidência argentina, definiu como “o colapso da economia foi o título da reunião de gabinete”.
Milei tomou posse no último domingo (10) com a promessa de reconstruir as finanças públicas e a moral do país. O político ultraliberal tem propostas ambiciosas para tentar abaixar a inflação e pagar a dívida pública.
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*Com informações Metrópoles