O Vaticano autorizou a benção a casais gays na última segunda-feira (18). O documento foi aprovado pelo papa Francisco. Desde então, casais do mesmo sexo começaram uma corrida para receber as bençãos da Igreja Católica Romana nos Estados Unidos.

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De acordo com o jornal The New York Times, o "Vaticano fez uma advertência de que a bênção não deveria ser realizada com “qualquer roupa, gestos ou palavras próprias de um casamento”.

O jornal narrou a história do padre jesuíta James Martin, que já concedeu milhares de bênçãos em terços, bebês, casas, estátuas e noivos. Na  manhã de terça-feira (19), o padre Martin recebeu Damian Steidl Jack, de 44 anos, e seu marido, Jason Steidl Jack, de 38 anos, para lhes conceder a bênção.  

Como não há bênção para casais do mesmo sexo no livro de bênçãos da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, o padre Martin selecionou texto favorito do Antigo Testamento para abençoar o casal homoafetivo.

O religioso escolheu os versículos de 24 a 26 de Números 6. “Que o Senhor te abençoe e te guarde”, disse Martin, tocando o ombro dos homens. “Que o Senhor faça a resplandecer o seu rosto sobre você lhe conceda a graça. Que o Senhor volte o seu rosto para você e lhe dê alegria e paz”.

O padre Martin é o maior defensor dos LGBTQIA+ entre os católicos nos Estados Unidos. Ele se encontrou diversas vezes com o papa Francisco para discutir para como tornar a Igreja Católica mais “inclusiva”. Também participou de um encontro global sobre o futuro da igreja, a convite do papa, em outubro.

“Queridos amigos: tive a honra de abençoar os meus amigos Jason e Damian esta manhã na nossa residência jesuíta, de acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelo Vaticano para casais do mesmo sexo”, escreveu Martin em suas redes sociais. “Mas antes disso, fui abençoado pela amizade e apoio deles”.

Assim como os SteidlJack, vários outros casais do mesmo sexo estão correndo em busca da bênção da Igreja Católica depois da decisão do papa Francisco. A nova decisão não anula, ao menos por enquanto, a doutrina católica de que o casamento pode ser realizado somente entre um homem e uma mulher.

Por isso, ainda não há liberação para a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. O novo texto busca diferenciar o sacramento do casamento (que ocorre em uma igreja) e uma bênção, um gesto informal. Um padre também não pode abençoar um casal do mesmo sexo em conexão a uma cerimônia de casamento civil.

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*Com informações Revista Oeste