Quinta, 11 de Setembro de 2025

Dirceu ataca igrejas e diz que “Direita está ganhando disputa político-cultural”

O ex-ministro aponta igrejas como responsáveis pelo declínio da esquerda no Brasil

16/01/2024 às 11h29
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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José Dirceu, um dos fundadores do PT e ex-ministro-chefe da Casa Civil entre 2003 e 2005, fez críticas contundentes às igrejas, especialmente às neopentecostais.

O petista afirmou neste domingo (14), que a direita “está ganhando” a disputa política e cultural no Brasil e defendeu uma “atualização política, teórica e de organização” para o PT. As declarações foram dadas em entrevista ao Pod13 Bahia, podcast do PT da Bahia.

Ele argumentou que a esquerda, incluindo o PT, recuou diante dessas mudanças, resultando em um cenário atualmente polarizado.

“Nesses anos, houve uma mudança social e cultural enorme pelo neopentecostal, do fundamentalismo religioso, devido à força dos partidos de direita. E nós recuamos, a esquerda como um todo”, afirmou Dirceu.

Durante a conversa, Dirceu afirmou ainda que não só o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas legendas como o Progressistas, Republicanos, União Brasil e PSD “estão ficando fortes”, construindo novos diretórios pelo país.

O ex-ministro defendeu a necessidade de reorganização do PT como uma força política capaz de fazer frente à direita nesse cenário polarizado.

“O PT vai fazer um congresso em 2025. Precisamos pensar como vamos fazer uma mudança no PT. Se nós analisarmos a situação da direita, não é só parlamentar e eleitoral, também diretório, territórios e militância, PP, PR, PL, PSD, União Brasil, eles estão ficando fortes (…). Hoje, o Brasil está muito politizado, e em disputa político-cultural. E a direita está ganhando”, afirmou.

Dirceu reforçou autocríticas vocalizadas recentemente por Lula sobre a estrutura do partido. Conforme ele, a legenda poderia ser “dez vezes maior” dada ao apoio eleitoral e social da sigla.

“Uma das tarefas principais é a disputa político-cultural e dos territórios. Nesses anos, houve uma mudança social e cultural enorme. Por causa do fundamentalismo religioso, por causa da ocupação dos territórios por força dos partidos de direita. E nós recuamos. Vimos agora no 1º de maio [de 2023]. Não houve uma mobilização nacional”, acrescentou.

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*Com informações Pleno News

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