O presidente Lula disse em entrevista na nesta terça-feira (27) sobre o ato pela democracia em pró-Jair Bolsonaro (PL) ocorrido na Avenida Paulista, em São Paulo no último domingo (25).
O petista reconheceu que a manifestação convocada por Bolsonaro foi “grande”, mas acusou os 750 mil brasileiros que foram ao ato de estarem “em defesa de um golpe”.
“Não é possível você negar o fato, eles fizeram uma manifestação grande em São Paulo”, assumiu. “Mesmo quem não quiser acreditar, é só olhar as imagens. Agora, como as pessoas chegaram lá é outros 500”.
Lula ainda disse que o movimento, chamado por ele de “extrema direita”, está “ganhando corpo” não só no Brasil, mas também na América Latina.
“É importante a gente ficar atento [sic], sugeriu, “porque essa gente está demonstrando que eles não estão para brincadeira, eles querem continuar muito forte negando a democracia”, disse Lula.
‘Eu acho que nós temos que isolar a extrema direita”, sugeriu o chefe do Executivo. “Temos que fortalecer as nossas instituições”.
Lula acusou a direita de não ter “nexo” e falar “as maiores besteiras”. Apesar de garantir ser um “democrata”, o petista não se constrangeu ao dizer por mais de uma vez que o público e as autoridades que participaram do ato na Paulista estavam tomando cuidado com os discursos, e todos foram com “medo”.
Anistia
Ao ser questionado sobre o pedido de anistia feito por Bolsonaro aos presos pelas manifestações do 8 de janeiro de 2023, Lula ironizou a proposta.
“Como alguém começa a pedir anistia antes de ser julgado?”, perguntou. “Está em fase de inquérito”.
O apresentador ainda lembrou que algumas pessoas já foram julgadas.
“Meia dúzia foram julgados [sic], o restante ainda está todo mundo sendo investigado”, disse. “O cidadão está pedindo anistia antecipada”.
Para o petista, que já esteve preso e foi condenado em três instâncias, ao pedir anistia, Bolsonaro está “confessando o crime”.
Governadores
Sobre a presença dos governadores no ato de apoio ao ex-presidente Lula avaliou. “Essa gente toda tinha que estar lá porque só foi eleita por causa do Bolsonaro”.
“O Tarcísio sabe disso (Tarcísio de Freitas, Republicanos/SP), era uma figura desconhecida em São Paulo”, falou. “A mesma coisa o Zema (Romeu Zema, Novo/MG). Então esses caras tinha [sic] que estar lá, não vejo problema. Mas os discursos foram vaselina, recomendados pelos advogados; não fale nada que possa depor contra uma instituição, contra a democracia”.
750 mil pessoas
Segundo com as autoridades de São Paulo, o evento pró-Bolsonaro reuniu 750 mil pessoas, sendo 600 mil especificamente na Avenida Paulista e os demais em ruas adjacentes. Entre os presentes estavam famílias com idosos e crianças.
*Com informações Revista Oeste