No Brasil em 2023 um relatório da empresa Sportradar apontou que 109 partidas de competições nacionais e regionais foram consideradas suspeitas. O número apresenta uma queda com relação ao ano anterior, mas ainda coloca o Brasil no topo do ranking mundial.
Segundo a publicação, houve uma redução de 29% em relação à quantidade de partidas suspeitas registrada em 2022. A Sportrader monitorou cerca de 9 mil partidas em 118 campeonatos. É, segundo a contratada, o maior número de jogos supervisionado em todo o mundo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4).
Entre os jogos monitorados, 15 são de competições organizadas pela CBF. Nenhuma, no entanto, aconteceu nas duas principais competições da elite nacional, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. A partida suspeita de hierarquia mais alta no escalão da Confederação foi na Série B: a vitória por 2 a 0 do Londrina sobre o Tombense, em maio do ano passado. Há um caso na Copa Verde e as outras foram todas disputadas na Série D.
O relatório destaca que não encontrou casos suspeitos na série A do Campeonato Brasileiro, na série C, na Copa do Brasil, Sub 20 ou na Copa do Nordeste. “Portanto, a partida entre Botafogo e Santos em abril do ano passado pelo Brasileirão, questionada na Justiça desportiva pelo clube carioca, não entrou no radar de suspeição da empresa suíça”, diz a publicação. A partida marcou a perda de posições do Botafogo, então líder do campeonato, e muitas críticas por parte do dono da SAF do clube, John Textor.
Os outros casos que levantaram suspeita são de torneios realizados por outras federações, que não tiveram o nome divulgado pela Sportradar, além das partidas da CBF. São 94 ao todo.
Entre as equipes envolvidas em jogos suspeitos, duas têm maior envolvimento nos casos apontados. O São Francisco, do Acre, tem oito partidas suspeitas – sete na Série D do Campeonato Brasileiro e uma na Copa Verde -, enquanto o Interporto aparece cinco vezes, todas em jogos pela quarta divisão nacional.
Desde 2018 a Sportradar é contratada pela CBF para acompanhar jogos, supervisionar todos os campeonatos nacionais e todos os 27 estaduais da primeira divisão. Mas o assunto ganhou relevância desde que investigações policiais entraram em curso para apurar o envolvimento de jogadores e clubes em esquema mafioso de manipulação de resultados no ano passado.
No Brasil, o esquema de apostas ainda não é regulamentado. Os casos levaram a CBF a firmar um acordo de parceria com a Polícia Federal, que recebe um relatório de todos os casos suspeitos levantados pela Sportradar.
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*Com informações Metrópoles
