Segunda, 15 de Setembro de 2025

MP peruano pede 18 meses de prisão preventiva para Castillo

Juiz do Supremo peruano, Juan Carlos Checkley, analisará o pedido feito pelo Ministério Público

14/12/2022 às 11h23 Atualizada em 15/12/2022 às 08h33
Por: Fonte: #Pleno News
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Castillo é investigado por rebelião e conspiração após tentar dissolver o Congresso
Castillo é investigado por rebelião e conspiração após tentar dissolver o Congresso

O MP (Ministério Público) do Peru pediu a prisão preventiva do presidente destituído Pedro Castillo pelo período de 18 meses, por rebelião e conspiração após tentar dissolver o Congresso.

Na última quinta-feira (7), o peruano fez um pronunciamento no qual afirmou que iria instituir um "governo de emergência excepcional", a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do Peru.

A solicitação de prisão preventiva abre a possibilidade para prolongar a detenção do presidente deposto. Caberá à Justiça, agora, avaliar o pedido feito pelo Ministério Público.

As medidas que o ex-mandatário queria colocar em vigor no Peru eram as seguintes:

  • Dissolução temporária do Congresso e instauração de um governo de emergência excepcional;
  • Convocação de eleições de um novo Congresso para elaboração uma nova Constituição em até nove meses;
  • O Peru passaria a ser governado por decretos-leis até a nova Constituição;
  • Um toque de recolher passaria a vigorar em todo o país das 22 horas até 4h do dia seguinte;
  • Declaração de uma "reorganização" no sistema de justiça, Judiciário, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça e Tribunal Constitucional; Cidadãos com armas ilegais deveriam entregá-las à Polícia Nacional em 72 horas;
  • "Polícia Nacional, com o auxílio das Forças Armadas, dedicarão todos seus esforços para o combate real e efetivo da delinquência, corrupção e narcotráfico, ao que usarão dos recursos necessários".

Ex-presidente foi preso na sequência

Horas após o pronunciamento, Castillo foi preso pela polícia. O Procurador-Geral do Estado, Daniel Soria, apresentou uma denúncia criminal contra ele por "suposta prática dos delitos de sedição, abuso de autoridade e grave perturbação da tranquilidade pública".

Com a deposição e a prisão, a vice-presidente Dina Boluarte assumiu o comando do país.

Ao ser empossada, ela disse que, "antes de política, sou uma cidadã e mãe peruana, que tem pleno conhecimento da alta responsabilidade que a história põe em meus ombros".

"E, atendendo a essa responsabilidade, em respeito a milhões de mães peruanas, que, dia após dia, procuraram sustento para suas famílias e são exemplos de coragem."

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