Quinta, 19 de Setembro de 2024

Agência da ONU emite um alerta após 2023 se tornar o ano mais quente em 174 anos

Para Organização Meteorológica Mundial, mudança climática é “desafio essencial”

19/03/2024 às 19h42
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Nesta terça-feira (19), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que o ano de 2023 foi o mais quente registrado em 174 anos, destacando os efeitos que colocam a mudança climática como "o desafio essencial da humanidade".

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“Há uma grande probabilidade de que 2024 bata novamente o recorde de 2023”, alertou o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour.

Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, apresentou o relatório climático de 2023, ressaltando que a temperatura média global foi 1,45 grau Celsius superior à média da era pré-industrial (1850-1900) e 12% acima do recorde anterior (em 2016, o aumento médio foi de 1,29 grau Celsius).

“A Terra está emitindo um pedido de socorro”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, acrescentando que o relatório da OMM “mostra um planeta à beira do abismo”.

De acordo com o relatório da agência meteorológica das Nações Unidas, as ondas de calor marinhas afetaram, em média, um terço dos oceanos diariamente. Em comparação, em 2016, a área afetada em média foi de 23%.

Além disso, em fevereiro de 2023, foi observado um recorde mínimo na extensão do gelo marinho antártico, juntamente com as maiores perdas de gelo nos glaciares desde o início das medições, por volta do meio do século 20.

A extensão do gelo marinho da Antártida alcançou um nível “de longe o mais baixo registrado”, com a extensão máxima no final do inverno ficando 1 milhão de quilômetros quadrados abaixo do ano recorde anterior, o que equivale ao tamanho combinado da França e da Alemanha.

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Os glaciares experimentaram a maior perda de gelo já registrada, devido ao "degelo extremo" ocorrido no oeste da América do Norte e na Europa.

Os pesquisadores também destacaram a crescente frequência de eventos como ondas de calor, inundações, secas, incêndios florestais e intensificação dos ciclones tropicais. Esses fenômenos têm causado "miséria e desordem, perturbando a vida diária de milhões de pessoas e resultando em perdas econômicas de muitos bilhões de dólares".

Foram eventos extremos, como as inundações no Mediterrâneo (com um impacto particularmente significativo na Líbia), ou ciclones de duração sem precedentes, como o Ciclone Freddy, que causou danos significativos no sudeste da África.

No Canadá, os incêndios florestais devastaram 14,9 milhões de hectares, sete vezes mais do que a média dos anos anteriores, enquanto nos Estados Unidos ocorreram os incêndios mais mortíferos já registrados no arquipélago do Havaí, resultando em pelo menos uma centena de vítimas.

A secretária-geral da OMM enfatizou o impacto social, econômico e humano da mudança climática, ressaltando sua estreita relação com a crise das desigualdades. Isso é evidenciado pelo aumento da insegurança alimentar e pelos deslocamentos populacionais, parcialmente exacerbados por desastres naturais.

A OMM destaca que o número de pessoas sofrendo de insegurança alimentar aguda no mundo aumentou de 149 milhões antes da pandemia de covid-19 para 333 milhões em 2023.

O relatório reitera a necessidade urgente de investir em energias renováveis e na luta contra as mudanças climáticas.

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*Com informações Metrópoles

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