Até o momento, em 2024, o Brasil se aproxima da marca de 2 milhões de casos prováveis de dengue. Segundo a atualização desta quarta-feira (20) do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, já foram registrados 1.978.372 diagnósticos da doença.
Neste ano, foram registrados 656 óbitos por dengue no país, com outros 1.025 casos ainda sob investigação. O Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde também aponta um coeficiente de incidência da doença de 974,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.
O total de casos deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde, representa um volume anormal em comparação às últimas décadas. Na última segunda-feira (18), o Brasil quebrou um recorde, visto que, em mais de 20 anos, não havia registrado tantos casos de dengue em um único ano.
Nesse contexto, o Ministério da Saúde avalia que 2024 deve apresentar, no mínimo, o dobro do número de registros de dengue em comparação com 2023. No ano anterior, o país totalizou 1.658.814 casos prováveis da doença.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o elevado número de casos está associado a fatores como as mudanças climáticas e a circulação de múltiplos sorotipos do vírus.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, aproximadamente 75% dos focos do vetor da dengue são encontrados nos domicílios.
O Ministério da Saúde tem implementado a distribuição das vacinas contra a dengue em municípios selecionados, destinadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal consiste em duas doses, com um intervalo de três meses entre cada uma delas.
As doses foram enviadas para os seguintes estados brasileiros: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.
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