As primeiras apurações da Polícia Civil de São Paulo sobre a morte de Lívia Gabriele, ocorrida após ter tido relações sexuais com Dimas Cândido de Oliveira Filho, ex-jogador do time sub-20 do Corinthians, indicam a ausência de violência. A informação foi divulgada em uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, neste domingo (24).
Os laudos referentes ao caso indicaram a ausência de fraturas no corpo da jovem. Ademais, os peritos não detectaram presença de drogas ou álcool no sangue de Lívia. Além disso, não foram encontrados vestígios de esperma em seu corpo, corroborando a afirmação do jogador de que eles haviam usado preservativo durante o ato sexual. As autoridades investigativas aguardam relatórios médicos para determinar se a jovem possuía alguma condição de saúde.
Lívia faleceu após um encontro com o jogador em seu apartamento no Tatuapé, bairro da Zona Leste de São Paulo, no final de janeiro. Segundo o relato do jogador, eles mantiveram relações sexuais e Lívia começou a apresentar hemorragia na região genital. Ela foi levada ao Pronto-Socorro do Tatuapé, mas sofreu paradas cardíacas e não resistiu. O jogador foi ouvido e posteriormente liberado.
O caso está sendo investigado como uma morte suspeita, causada por "ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda", com a ruptura atingindo cinco centímetros de extensão. Segundo os peritos, a lesão foi provocada por um objeto contundente, embora não especificado. Com base nos laudos da Polícia Científica do Estado de São Paulo, os peritos opinaram que não houve violência envolvida.
“A causa da morte foi uma hemorragia aguda importante com um choque hemorrágico”, diz o médico ginecologista Jairo Iavelberg.
“O pênis pode ter levado a essa lesão. O caso dela foi uma fatalidade, aparentemente, pelo que está aparecendo, pela parte anatômica”, diz a médica Fabiane Vale.
Imediatamente após o incidente, o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, declarou que o atleta não havia praticado qualquer conduta criminosa.
“Ele conheceu a garota pelo Instagram, vinha falando com ela, e marcaram de se encontrar no fim do dia no apartamento dele. Foi a primeira vez que eles se encontraram pessoalmente. Ali eles tiveram relações sexuais consentidas e com o uso de preservativo. Depois do ato, ele percebeu que ela tinha apagado, desfalecendo”, relatou Lenoir.
De acordo com o advogado, o jogador não reside mais em São Paulo. Ele estava emprestado ao Corinthians sob um contrato de dois anos, válido até o final de 2024. Após o falecimento da jovem, ele optou por retornar ao clube onde iniciou sua carreira, o Coimbra Sports, localizado em Contagem (MG).
Ao abordar o incidente, o advogado expressou críticas à demora no atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). No entanto, a Prefeitura de São Paulo contestou essa acusação, afirmando que a ambulância chegou ao local do incidente em 11 minutos após o chamado, mas os profissionais foram impedidos de entrar na portaria, que não estava ciente da situação.
*Com informações Agência Estado
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