Quinta, 19 de Setembro de 2024

Diplomatas brasileiros suspeitam de possível manipulação eleitoral por parte de Maduro

O prazo para inscrições encerrou à meia-noite de terça-feira (26)

26/03/2024 às 11h11
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Diplomatas e assessores do Palácio do Planalto estão acompanhando com preocupação a acusação feita pela filósofa Corina Yoris, uma opositora de Nicolás Maduro, sobre sua incapacidade de se inscrever para concorrer às eleições presidenciais na Venezuela.

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Segundo essas fontes, esse cenário levanta questionamentos sobre a integridade do processo eleitoral venezuelano e sua irreversibilidade. O prazo para inscrições encerrou à meia-noite de terça-feira (26).

Na segunda-feira (25), assessores demonstraram a impossibilidade de realizar o registro ao tentarem se inscrever através de um computador conectado ao site do Conselho Nacional Eleitoral.

Nas plataformas de mídia social, a ex-deputada María Corina Machado, que era a candidata da oposição até sexta-feira passada (22), afirmou que existe uma conspiração em andamento para impedir o registro de Corina Yoris.

Em 2023, María Corina obteve 92% dos votos nas eleições primárias da oposição. No entanto, em janeiro de 2024, o Tribunal Supremo da Venezuela confirmou a suspensão de seus direitos políticos por 15 anos.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, um aliado de Nicolás Maduro, pediu a prisão de María Corina Machado por traição à pátria.

Enquanto a oposição continua tentando registrar o nome de Corina Yoris, o atual presidente Nicolás Maduro foi confirmado como candidato do governo e teve sua candidatura registrada com sucesso.

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Diplomatas expressam ceticismo em relação ao cumprimento do Acordo de Barbados, que inclui a realização de eleições limpas e democráticas. "Maduro perde o argumento de que as eleições serão justas e transparentes", destaca um membro do Ministério das Relações Exteriores.

No Palácio do Planalto, há uma percepção de "desgaste" e "fadiga" diante dos esforços contínuos para proteger o processo democrático na Venezuela, apesar dos sinais contraditórios emitidos pelo governo venezuelano.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República e ex-ministro das Relações Exteriores, recentemente dialogou com representantes da oposição venezuelana e da Noruega, mediadora do Acordo de Barbados.

Apesar das preocupações nos bastidores, o Brasil decidiu não assinar um comunicado, divulgado nesta segunda-feira (25) por países latino-americanos, que criticava a exclusão da candidata Corina Yoris das inscrições presidenciais.

Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai assinaram o comunicado.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela desde março de 2013, busca sua reeleição para um terceiro mandato.

Em 2018, Maduro foi reeleito com 67% dos votos, embora a participação tenha sido de menos da metade dos eleitores registrados, em uma eleição marcada por alegações de fraude e falta de transparência.

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*Com informações G1

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