O número de divórcios aumentou 8,6% no Brasil, afetando a vida de 420 mil casais ao longo de 2022. No ano anterior, o número de separações havia sido de 386,8 mil. Esses dados foram divulgados pelas Estatísticas do Registro Civil, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (27).
Quando ocorre o fim do relacionamento, os homens têm uma média de 44 anos de idade, enquanto as mulheres possuem 41 anos. Em média, antes de terminar, os casamentos duram 13,8 anos, o que representa uma redução significativa em relação a 2010, quando os casais permaneciam juntos por pelo menos 16 anos antes do rompimento.
O Sudeste concentra mais da metade das separações judiciais, com 53,3% dos casos, totalizando 223.897 divórcios. Em seguida, o Nordeste aparece na segunda posição, com 84.946 rompimentos de relação (20,2%), seguido pelo Sul, com 54,3 mil divórcios (12,9% do total). Completam o ranking o Centro-Oeste (37,3 mil) e o Norte (19,5 mil).
O Instituto observou ainda que, entre os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância, quase metade (47%) das separações ocorreu entre famílias que tinham apenas filhos menores de idade. Esse percentual aumentou em comparação com 2010, quando 44% dos divórcios ocorreram entre casais que tinham filhos com menos de 18 anos.
Sobre a guarda compartilhada dos filhos, o IBGE destacou um aumento significativo no percentual de divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade em que a sentença inclui a guarda compartilhada. Em 2014, a proporção de guarda compartilhada entre os pais com filhos menores era de 7,5%, enquanto em 2022, esse percentual subiu para 37,8%.
Quanto à responsabilidade pela guarda dos filhos, em 2014, as mães detinham a guarda em 85,1% dos casos, em comparação com 5,5% dos pais. Em 2022, metade das mulheres (50,3%) passam a cuidar dos filhos sozinhas após o divórcio, enquanto os homens que ficam com a guarda exclusiva representam 3,3% dos casos.
O IBGE divulga as Estatísticas do Registro Civil desde 1974, incorporando os dados de divórcios a partir de 1984 e de casamentos entre pessoas do mesmo sexo a partir de 2013. Essas estatísticas são importantes para acompanhar a evolução da população brasileira e subsidiar estudos demográficos e políticas públicas.
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*Com informações R7