Terça, 12 de Agosto de 2025

Instituições de ensino superior e institutos federais aderem à greve; confira relação

A demanda central da categoria é um reajuste salarial de 22%, a ser distribuído em três parcelas iguais de 7,06%

15/04/2024 às 11h27
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Professores de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais em todo o Brasil optaram por iniciar uma greve a partir desta segunda-feira, 15. A demanda central da categoria é um reajuste salarial de 22%, a ser distribuído em três parcelas iguais de 7,06% — a primeira prevista ainda para este ano, seguidas por outras em 2025 e 2026.

Além do reajuste salarial, a Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) ressalta a importância de investimentos públicos nas instituições federais de educação. A greve teve início com os servidores técnico-administrativos em educação em 11 de março, com a adesão de trabalhadores de 50 universidades e quatro institutos. A categoria também busca a reestruturação do plano de carreira para os cargos técnico-administrativos em educação, incluindo a recomposição salarial.

A Andifes, representante dos dirigentes de 69 universidades e dois centros de educação tecnológica, enfatiza que "a greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores, e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar sobre a participação no movimento".

O MEC (Ministério da Educação) comunicou que suas equipes estão participando ativamente da mesa nacional de negociação, das mesas específicas de técnicos e docentes estabelecidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da mesa setorial que trata das condições de trabalho.

Quanto aos cortes na educação ao longo de 2024, o governo Lula implementou reduções nos recursos destinados ao Ministério da Saúde e às bolsas em universidades e na educação básica, entre outras medidas. O MEC e o Ministério da Ciência e Tecnologia sofreram um corte de cerca de 280 milhões de reais. As áreas relacionadas à pesquisa e à assistência estudantil em universidades e no ensino básico foram algumas das mais afetadas por essas ações.

No mesmo contexto de cortes, a verba atribuída ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sofreu uma redução de R$ 73 milhões, representando aproximadamente 3,6% dos recursos destinados a esse órgão de fomento à pesquisa.

As instituições de ensino têm reiterado suas reclamações sobre a escassez de verbas. Em dezembro, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) expressou preocupação com o fato de as universidades receberem uma quantia considerada insuficiente.

No contexto da educação básica, o corte superou os 30 milhões de reais. Cerca da metade desse montante estava inicialmente designada para a produção e distribuição de material didático.

As instituições ligadas à Andes que anunciam greve na segunda (15)

  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI);
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
  • Universidade Federal de Brasília (UnB)
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  • Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Já estão em greve

  • FURG (Universidade Federal do Rio Grande, desde o dia 8
  • IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul – campus de Rio Grande), desde o dia 8
  • IFSULDEMINAS (Instituto Federal do Sul de Minas Gerais), desde o dia 10

Com deflagração/indicativo de greve após 15/4

  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
  • Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão;
  • Universidade Federal de Sergipe (UFS);
  • Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
  • Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Com indicativo/construção de greve aprovada sem data de deflagração

  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
  • Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Em estado de greve

  • Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
  • Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa)
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

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*Com informações O Antagonista

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