Quarta, 10 de Setembro de 2025

Brasil não pode 'depender eternamente' de Bolsa Família, diz Lula

Lula defendeu a construção de um Brasil "definitivamente desenvolvido", com uma classe média "sustentável"

22/04/2024 às 12h14
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua visão sobre o programa Bolsa Família nesta segunda-feira (22), enfatizando que não deseja que o país permaneça "eternamente" dependente desse auxílio. Sua declaração reflete uma preocupação com a dependência prolongada do programa e sugere a necessidade de desenvolver medidas que promovam a autonomia econômica e social dos cidadãos brasileiros.

Lula apresentou o Acredita, um programa destinado a revitalizar uma parcela do mercado de crédito. Uma de suas vertentes centrais envolve a disponibilização de microcrédito para indivíduos cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), mulheres e pequenos agricultores.

“O que está acontecendo hoje não é apenas um novo anúncio de política de crédito, o que está acontecendo hoje é a demonstração de que nós voltamos para governar este país, para ver se a gente transforma este país num país definitivamente desenvolvido”, afirmou Lula em cerimônia no Palácio do Planalto.

E completou: “A gente não quer um país de gente muito rica e gente muito pobre. Se possível, a gente quer um país em que você tenha uma classe média sustentável, que tenha um padrão de vida digno, decente, com escola, com cultura, com salário, em que as pessoas possam jantar num restaurante no final de semana, almoçar, que elas possam fazer uma viagem. É esse país que nós sonhamos. Nós não queremos um país que eternamente dependa de um Bolsa Família, que eternamente dependa de um vale-gás”.

O petista também censurou as instituições bancárias pelo tratamento dispensado às pessoas de baixa renda. Ele argumentou: "Os bancos não foram preparados para receber os pobres, não foram preparados para atender aqueles que chegam de chinelo (não vou mencionar a marca do chinelo para não fazer publicidade), as pessoas que não estão de terno e gravata, que não estão bem-vestidas".

Logo após, ele defendeu a necessidade de criar condições para que todas as pessoas, independentemente da quantidade de recursos, origem social ou porte do negócio, tenham acesso a programas financeiros e possam obter crédito.

A medida provisória (MP) assinada nesta segunda-feira também beneficia microempreendedores individuais, os MEIs, e microempresas que faturam até R$ 360 mil, por meio do Procred 360, que oferece linhas de crédito. O presidente da República classificou esse crédito para MEIs e classe média como um "pontapé extraordinário".

Além disso, foi anunciado o Desenrola Pequenos Negócios, um programa para a renegociação de dívidas de MEIs e empresas de pequeno porte.

Com o apoio do Sebrae, as linhas de crédito do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe) serão ampliadas pelos próximos três anos, em um investimento de R$ 30 bilhões.

Uma nova linha de crédito imobiliário também será implementada, com foco principalmente nas famílias de classe média, abordando uma questão que o próprio Lula havia destacado como uma pendência a ser resolvida.

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*Com informações Metrópoles

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