O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como medida oficial da inflação no país, apresentou um aumento de 0,38% em abril, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O destaque para essa elevação ficou por conta dos medicamentos e alimentos, que exerceram forte pressão sobre os índices.
Na área de "Saúde e Cuidados Pessoais", a inflação foi mais acentuada, registrando uma contribuição de 1,16% para o índice total. Os antibióticos, por exemplo, apresentaram um aumento de 4,19% apenas no mês de abril e acumularam uma alta de 6,91% nos últimos 12 meses. Serviços de fisioterapia também tiveram uma variação expressiva, com um aumento mensal de 4,20% e anual de 4,53%.
Essa elevação no segmento de saúde é explicada pelo reajuste de até 4,5% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a partir de 31 de março, refletindo diretamente nos preços dos produtos farmacêuticos, que subiram 2,84%.
Já no setor de alimentos e bebidas, que contribuiu com 0,70% para o IPCA de abril, foram observados aumentos expressivos em itens como pimentão (25,18%), mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%).
Entretanto, a tendência de alta não foi observada em todas as áreas. No que diz respeito às carnes bovinas, por exemplo, a maioria dos cortes apresentou queda nos preços no último mês, seguindo a tendência do ano. O filé mignon teve uma redução de 4,83% em abril e de 10,81% nos últimos 12 meses, enquanto a picanha diminuiu 4,20% na comparação mensal e 11,35% na anual.
Por outro lado, a cerveja registrou um aumento de 0,71% em abril e de 3,80% nos últimos 12 meses, contrariando a tendência de queda observada em outros produtos.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
