A greve dos docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) alcançou a marca de 15 dias nesta quarta-feira (15), com a adesão de 65% dos professores ao movimento. A paralisação visa à recomposição salarial, ajustando os salários de acordo com a inflação, e demanda melhorias nas condições de trabalho e na qualidade da educação pública.
Neste dia, representantes dos professores se reunirão com o Governo Federal para discutir uma nova proposta. Mariuza Guimarães, presidenta da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), relatou que, após uma reunião, os docentes protocolaram as orientações do Comando de Greve junto à UFMS, solicitando a suspensão do calendário acadêmico, proposta que foi rejeitada pela reitoria. A PGU (Procuradoria Geral da União) avalia a solicitação.
A UFMS destacou que a greve é um direito constitucional e que a adesão é individual, mas afirmou que não haverá suspensão do Calendário Acadêmico de 2024 pela reitoria.
A paralisação dos professores, iniciada em 1º de maio, acontece nove anos após a última paralisação da categoria em Mato Grosso do Sul. O movimento grevista nacional recebeu adesão de 39 instituições federais em todo o país, conforme levantamento do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
Com a adesão de 65% dos docentes em todo o Estado, apenas 35% dos professores mantêm o cronograma de aulas. A paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS em Mato Grosso do Sul. A reitoria criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, seguindo o mesmo procedimento adotado para o movimento dos servidores técnico-administrativos.
Os professores reivindicam um reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas anuais, além de auxílios alimentação e creche. O Governo propôs um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, mas com reajuste zero em 2024, proposta rejeitada pela maioria dos docentes. Na última segunda-feira (13), a categoria protocolou uma contraproposta, mantendo o índice de 22,71% como horizonte de recomposição nos próximos três anos e propondo os índices de reajuste até 2026.
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*Com informações Midiamax