Nesta segunda-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou a primeira reunião com os líderes do governo no Congresso, após uma série de derrotas em votações na última semana.
Estavam presentes no encontro os seguintes líderes:
Lula expressou o desejo de lidar diretamente com os líderes e não deixar as conversas apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Nova abordagem
Segundo fontes, o presidente pretende tornar esses encontros diretos uma rotina. Essa iniciativa surge após as derrotas acumuladas na última terça-feira (28).
Durante uma sessão conjunta do Congresso, o governo viu o veto do presidente Lula à “Lei da Saidinha” ser derrubado. Essa lei dificultava a saída temporária concedida pela Justiça como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculos deles com o mundo fora do sistema prisional.
Além disso, o governo teve que aceitar a manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que impede a punição por atos de “comunicação enganosa em massa”.
Na Câmara, o governo também precisou ceder e negociar a permissão de impostos para compras internacionais até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”.
Líder minimiza impacto das derrubadas de vetos
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), minimizou a derrubada pelo Congresso do veto presidencial ao projeto que restringe as “saidinhas”, como são conhecidas as saídas temporárias de presos.
“O povo brasileiro escolheu um Congresso mais conservador”, declarou, ressaltando, no entanto, que o governo “não tem do que se queixar” em relação a pautas nas agendas econômica e social.
Randolfe fez essa declaração em entrevista à CNN, durante o programa Brasil Meio-Dia (de segunda a sexta-feira, ao meio-dia), na última quinta-feira (30). Para o líder, a derrubada de vetos que vão contra a agenda da direita conservadora é a realidade atual.
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