Domingo, 07 de Setembro de 2025
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Puccinelli avalia candidatura a vereador para 'salvar' o MDB em Campo Grande

Movimentos internos no MDB e alianças estratégicas com o PSDB podem redefinir o futuro do ex-governador

14/06/2024 às 08h53
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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André Puccinelli (MDB), ex-prefeito de Campo Grande por dois mandatos e ex-governador de Mato Grosso do Sul também por dois mandatos seguidos, enfrenta um dilema significativo a poucos dias de completar 76 anos: candidatar-se ou não para prefeito da capital?

Nas últimas semanas, apesar de sua pré-candidatura para prefeito ser mantida, um movimento significativo dentro do MDB, incluindo o próprio Puccinelli, tem considerado seriamente uma candidatura do ex-governador para vereador. Essa possibilidade ganhou força, especialmente entre caciques do PSDB, partido que está próximo de uma coligação majoritária.

Candidatura a vereador: Uma estratégia calculada

A candidatura de Puccinelli a vereador, embora não fosse sua primeira opção, apresenta diversas vantagens estratégicas. Essa mudança não apenas ressuscitaria o MDB como uma força política em Campo Grande, criando uma bancada significativa na Câmara de Vereadores, mas também fortaleceria a pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Uma candidatura a vereador permitiria a Puccinelli contribuir para elevar o nível dos debates e das negociações na Câmara, enquanto sua filha, Denise Puccinelli, ainda está cotada para ser a vice de Beto Pereira em uma chapa. Essa aliança estratégica poderia tirar do ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT) o favoritismo para ser o vereador mais votado e assegurar uma vitória quase certa para Puccinelli.

Desafios e Rejeições

Puccinelli enfrenta desafios financeiros e políticos em sua pré-candidatura a prefeito. Embora liderasse cenários eleitorais em diversas pesquisas, a dificuldade em captar recursos comparados aos seus adversários foi um obstáculo. O socorro esperado do Fundo Eleitoral do MDB foi significativamente menor do que o pleiteado, e a tentativa de obter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro também falhou. Bolsonaro optou por apoiar a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), e Puccinelli também enfrentou o estigma de sua prisão em 2018, algo que Bolsonaro considerou uma influência negativa.

Futuro político

Com esses reveses, a vereança surge como uma opção viável e estratégica para Puccinelli. Essa candidatura permitiria ao MDB consolidar uma bancada forte e influente na Câmara, com nomes de peso como Youssiff Domingos e Antonieta Amorim. Além disso, sob a perspectiva tucana, a presença de Puccinelli na chapa poderia fortalecer a candidatura de Beto Pereira, que poderia absorver parte do eleitorado do ex-governador em pesquisas internas.

Convenções e decisões

As convenções partidárias, marcadas entre 20 de julho e 5 de agosto, serão cruciais para definir as coligações e as candidaturas oficiais aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Até lá, Puccinelli e seu partido terão que tomar decisões importantes que moldarão o cenário político de Campo Grande nos próximos anos.

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*Com informações Correio do Estado

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