Quarta, 10 de Setembro de 2025
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Ministro Interino da Secom é convidado a esclarecer "Gabinete da Ousadia" na Câmara dos Deputados

Laércio Portela será questionado na Comissão de Constituição e Justiça sobre grupo que define pautas pró-governo nas redes sociais

24/06/2024 às 07h49 Atualizada em 24/06/2024 às 11h45
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ministro interino da Secretaria de Comunicação Social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Laércio Portela, comparecerá na próxima terça-feira (25) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Portela será questionado sobre a existência do “gabinete da ousadia”, um grupo formado por servidores da Secom, integrantes do PT e influenciadores de esquerda. A convocação foi transformada em convite após articulação do governo com os deputados da CCJ, eximindo o ministro da obrigatoriedade de comparecer.

A reportagem do Estado de São Paulo trouxe à tona a existência desse grupo, cuja principal função é definir os temas a serem promovidos em redes sociais em apoio ao governo. Foi revelado que reuniões diárias são realizadas para pautar os debates nas plataformas digitais. A convocação inicial de Portela foi aprovada em 12 de junho, mas transformada em convite após negociações governamentais.

O deputado federal Ricardo Salles (PL/SP), autor do requerimento de convocação, expressou preocupação com a possível violação dos princípios de neutralidade e imparcialidade do aparato estatal, sugerindo que a interação entre a Secom do Poder Executivo, um partido político específico e a Secom da Câmara pode ferir a separação dos poderes.

A participação de Laércio Portela será crucial para esclarecer as funções do chamado “gabinete da ousadia” e o destino das verbas utilizadas para seu funcionamento. O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do PT, mencionou em um evento interno do partido em dezembro passado que o grupo opera com base em “metodologia”, “ciência” e “expertise”, enfatizando que esse trabalho “não é de graça”.

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