O período de estiagem continua a desafiar Mato Grosso do Sul, com oito cidades do estado não registrando chuvas nos primeiros 15 dias de julho. Esta situação contribui para uma seca histórica que afeta significativamente diversas áreas. De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), 31 municípios apresentam índices de precipitação abaixo da média histórica, enquanto apenas 13 conseguiram superá-la.
O levantamento realizado pelo Cemtec utilizou dados de precipitação acumulada de três fontes distintas: o satélite Merge/Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estações meteorológicas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), além de pluviômetros automáticos do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e da ANA (Agência Nacional das Águas).
Entre as cidades afetadas pela estiagem estão Coxim, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, Cassilândia, Costa Rica, Camapuã e Sonora, onde as condições de seca persistem sem expectativa de chuvas significativas nos próximos dias.
Os dados do satélite Merge/INPE revelaram que na metade norte do estado as chuvas ficaram abaixo da média histórica, enquanto na metade sul os acumulados variaram entre 30-60 mm. Os maiores registros ocorreram na região sudeste, com valores entre 50-60 mm.
Nas estações meteorológicas do Inmet, da Semades e da Embrapa Agropecuária Oeste, assim como nos pluviômetros automáticos do Cemaden e da ANA, constatou-se que 13 municípios superaram a média histórica de chuvas para o período, destacando-se Maracaju com um acumulado de 75,4 mm, 67% acima do esperado para todo o mês de julho.
A situação coloca em evidência os desafios enfrentados pelas comunidades rurais e urbanas do estado, enquanto autoridades e especialistas monitoram de perto os impactos e buscam soluções para mitigar os efeitos da seca prolongada.
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